sábado, 26 de dezembro de 2009

Gosto de não conhecer as pessoas e amo-as por isso. Gosto de não falar com elas e só vê-las, enxergar-las e diferencia-las de todas as outras.
Prefiro não saber seus segredos e não acessa-las e assim fico querendo saber sobre elas. Gosto do mistério de não ter medo e não pensar sobre ter medo. E prefiro não acreditar que nos julgamos e nos rejeitamos. Tenho preferido não acreditar na indiferença e na ausência de tantos sentimentos humanos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

31.08.05

Eu sei que alguma coisa se perde quando se diz o que se está sentindo.
Eu sei que o mundo não pára porque estamos gostando de alguém.
Eu sei que alguém está morrendo neste momento.
E sei que amanhã tudo o que sinto se diluirá e não estarei mais aqui.
Mas, neste momento, você é minha distração, a lembrança gostosa que eu gosto de ter e até estou ouvindo o Pink que você me “sugeriu”.

Eu sei que não está chovendo porque não é tempo de chuva
Mas quem confia no tempo?

Eu sei que os pensamentos atrapalham as ações
Sei que escrever solidifica sentimentos confusos
Sei que o que sinto é meu e nada tem a ver com você
Assim como o que você sente é seu
E nada tem a ver comigo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Pergunte-me algo cuja resposta você sabe que é sim

Vem da janela

Por várias vezes senti seu cheiro durante esses dias.

Do seu cabelo, seu corpo, sua tatuagem.

E tenho ouvido um profundo silêncio.

Não me parece possível saber o exato momento em que as coisas se descobrem, assim como não é possível saber quando elas, de repente, mudam.

E agora essa ausência de algo.

É um vazio que teu cheiro preenche e que passa.

Um calor que sussurra e que passa.

Um olhar vazio, um passo em descompasso, um sentir frio, e um jeito de sorrir que vêm e que não passam.

A noite que achou de escurecer cedo por demais.

Esse frio que não vem pra aquecer...

E seu cheiro...

Vem da janela.

29/03/2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

"Prefiro que o meu silêncio soe como um acinte,
A ter de pagar pelas pungentes palavras pronunciadas.
As palavras ditas não por mim, mas pela minha soberba inata
No afã de sobrepor nossa razão às demais, à razão de todos:
- A razão que não existe.
E alimentando esse ciclo racional
Somos feridos por algo intangível,
Palavras que criam dores indeléveis, intransferíveis,
Podem ter um outro propósito, em outro lugar, para outro ser.
Quem sabe só nos resta submeter às contradições do Reino das Palavras,
Como nos ensina o Poeta das Sete Faces:
- Aceita-o, como ele aceitará a sua forma definida e concentrada no espaço."

Autor desconhecido
Transição
"O dia verteu-se em noite
Pórém os prédios pemanecerram inertes
Sob o ofuscamento soturno das luzes
E o som mórbido do asfalto.
Vertia-se em ilumiamento a lua,
Que já do dia não mais havia seu despojo:
Nem cantos, nem prantos, nem vida, nem nada."

Autor desconhecido